sexta-feira, setembro 29, 2006
quarta-feira, setembro 27, 2006
O tempo esquece de se esquecer
segunda-feira, setembro 25, 2006
E a vida torna-se no que é
sexta-feira, setembro 22, 2006
Debate de razões
quinta-feira, setembro 21, 2006
Apenas
Poderia perder palavras para poder ficar em silêncio, mas não quero deixar-me escorregar.
O que o coração faz um ritual, a cabeça faz desfolhar, o que o sentir faz um sonho, a realidade faz chorar.
Não perco apenas algo, perco o apenas, o talvez, o verdadeiro sentido da dúvida.
Nada me impede de olhar além, nada me sustém ao contar do tempo que fica agarrado às recordações.
As minhas direcções distanciam-se de tudo o que achei verdadeiro. Esta falsidade construída entre o vento e as amarras de um mar semi esquecido, não sente o que o amor fez crescer.
A vida empurra a verdade para outra verdade, e nos braços da realidade, apenas uma lufada de imaginação torna saudável a pouca alegria de se olhar em frente.
Sophie
quarta-feira, setembro 20, 2006
Mais perguntas do que respostas
... as perguntas tomam espaço dentro do meu pensamento, como se o dia fosse maior e o tempo não dispensasse as horas e os minutos.
As causas de uma razão nem sempre são a consequência de uma resposta, nem sempre um fim acaba por ser a solução, nem sempre as sombras se desvendam no espelho...
Fecho os olhos...
... e procuro apenas compreender que há estados, situações, momentos que nasceram para serem assim: injustificados.
Sophie
sexta-feira, setembro 15, 2006
Apresento-me
Nada me basta e tudo me prende, perante a intranquilidade da minha vida.
Antes os sonhos eram climatizados com o azul do mar...
Os momentos passam por nós num antes e num após. Antes tecia a alegria nas ondas do mar e embalava-me na areia dourada... e era inesquecível...
Mas após a dor já não olho da mesma maneira. Já não corro pela praia à procura de sonhos e caminhos para sonhar, cresço consciente das minhas diferenças mais apertadas... prisioneira dos medos e dos sentimentos.
O meu tesouro é ser rebelde. Desafiar a noite mais calma e deixá-la a olhar para as minhas divagações de miúda.
Acho que ainda não consegui crescer. Apenas fiquei sentada no pêndulo do relógio do mundo, agarrada à minha ignorância de não ser normal.
Aqueço o gelo no Inverno; invado o fogo no Verão... sou a dicotomia de opostos a degladiarem-se sem saber a razão.
E não há razão. A noite aquece a loucura, e a minha imaginação torna-se doce.
Não sei ser diferente: apenas sinto que talvez seja um pouco demais em tudo.
E a vida tem-me chateado por isso.
É uma ousadia pensar que posso desafiar o destino!
Mas ouso.
Nada aprendo a não ser, porque tudo vale a pena aprender. Errar... caír... voltar a erguer.
Pensar que este mar corre pelas minhas veias de palavras cada vez que o olho mais disperso em mim.
Mas sou eu... metade serena; metade revolta e tempestade.
quinta-feira, setembro 14, 2006
A Lua é apenas cheia e sem cor
terça-feira, setembro 12, 2006
Quando se fala ao vento e não há resposta
Não falei nada, apenas me deixei estar a olhar para o Horizonte a escutar a minha voz bem longe dali.
Não procurei achar-me, mas procurei perder-me, lançar a minha chave para longe de mim, para acordar deste silêncio.
Mas ali fiquei... perante a minha solidão, incomodada com o silêncio do mundo. Não andei, não fugi.
Deixei-me estar. Com o tempo a passar, a tarde a esquecer-se no outro lado do Horizonte, aquando do sol a pôr-se.
Não sei mais o que quero perder, para poder achar com mais força.
Não sei dizer que estou sem palavras; que prefiro o silêncio que nada diz.
... talvez seja assim mesmo...
não dizer nada... esquecer apenas.
Sophie
quinta-feira, setembro 07, 2006
quarta-feira, setembro 06, 2006
Hoje sei

Procuro em todos os espaços vazios
o teu olhar que já não encontro e
a tua presença que nunca esteve...
Ficou somente a dor de um sonho que nunca vivi.
Desencontro de duas almas que se cruzaram,
mas que seguem paralelas.
Impiedosamente a ferida dói,
porque sonhar nem sempre é uma doce emoção.
Os nossos desejos são destruídos
pela arrogante realidade que nos suga,
que nos empurra nesta miscelânia de sentimentos,
para nos confundir e atordoar
até nos fazer cair...
e a saudade morrerá por falta de alimento
que a distância imporá como limite
a este amar.
Agora... já não faz diferença
registar este medo de te perder,
porque Hoje sei que nunca te tive...,
nem por um único momento.
Sophie
segunda-feira, setembro 04, 2006
Um silêncio demasiado meu

Deixei a palavra libertar-se vagamente dos lábios como uma sentença proferida demasiado cedo.
Dei-lhe asas e deixei-a voar. Existem palavras que nos carregam a alma toda nas costas amplas.
E nessa palavra depositei todo o sentimento.
Era eu. Eu cosida em cada letra. Eu, espelhada em cada nuance.
Existem palavras que nos ensinam que por vezes nem o silêncio supera a sua força.
Hoje, o silêncio a que me remeto grita de uma forma que me rasga o coração.
Sei qual o sabor do meu silêncio hoje.
Existem silêncios demasiado nossos.
Este... é um deles.
Sophie
domingo, setembro 03, 2006
O que sei já foi e sou
Não sou a dona da verdade,
mas sou a dona da minha razão...
Não sou todas as coisas, mas sou
qualquer coisa que vive em mim.
Do que já vivi e de tudo que ainda virá,
agrada-me o que não sei.
O que sei já foi e sou.
O que não sei é tudo que quero, mas não espero.
De espera não se vive a vida
De espera apenas... se espera.
Sophie