O tempo esquece de se esquecer
penso nas coisas que me passaram pelas mãos,
e no porquê de ser tão apressada com o que sinto.
Mas o pó é grande, as estações passam ao meu lado,
as folhas caem no chão...
o vento assobia uma canção de nostalgia.
Deixo-me levar pelo vento,
fomos unidos pelas costas da saudade,
buscar momentos de alegria de estações perdidas,
no Outono das minhas palavras mais escondidas.
Senti-me voar,
sem asas e sem distâncias para olhar o mundo.
Antes que seja tarde demais...
deixa-me acordar a vida,
deixa-me tocar-lhe com esperança,
deixa-me senti-la com o coração.
O sentimento de ganhar o dia faz-me derreter a tristeza em vírgulas,
talvez seja apenas uma parte de mim...
mas renasço,
como se a vida me estivesse a abraçar,
sem termos melancólicos de um amor ausente.
Deixo o vento entrar na minha vida de caminhante.
Sei que algures o meu lado mais complicado se abraça ao meu lado mais simples.
E essa união só será possível, quando o vento soprar nas duas direcções.
E sou mais...
... mais um bocadinho de entrega e de cumplicidade com o vento.
Sophie
5 Comments:
Que beleza! Quanta sensibilidade!
Encantou-me o poema porque apesar de melancólico, transmite uma paz imensa.
Muito bonito!
Vou ler mais aqui no seu blog.
beijos
Um beijinho com a cumplicidade do vento...
Bom fim de semana
***
Consome-me o frio da tua ausência, no calor dos meus sentimentos que me sufocam.
Sabes, acredito que o que está destinado para nós, acontece de qualquer das maneiras.
Não importa as voltas que a nossa vida dá, podemos desenhar curvas e mais curvas no nosso dia-a-dia.
Mas, tudo vai acabar como está determinado.
Adoro-te!
FS
:)
ai se eu soubesse desenhar corações com brisas de vento!
Impressionante como eu gosto de te ler! Deves ter dois lados, isto é, pelo que escreves percebo que podes ser um doce de pessoa mas também deves ser bastante complicada, pronto! És como eu... não é fácil lidarem connosco, mas para nós também é dificil "digerir" falsos sentimentos ou dúvidas...
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