quarta-feira, janeiro 31, 2007
terça-feira, janeiro 30, 2007
Caminhada

sexta-feira, janeiro 26, 2007
Podia ser

Não acredito que eu possa abandonar assim o jogo de acreditar. Ironizo. Como se o precipício fosse um lugar cheio de operários da construção civil e eu pudesse dizer, enfadada, que não há público para a minha morte.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Quando me lembro
terça-feira, janeiro 23, 2007
Confissão

Tenho por vezes breves momentos de firme certeza de que tudo o que me é essencial em cada dia para viver, me é absolutamente secundário. Na verdade, trata-se de uma sensação, porque não tenho a certeza, de quase nada e quase nada me interessa verdadeiramente. Uma sensação estranhíssima de que se morrer amanhã quero que hoje quase nada me interesse verdadeiramente. É então que sinto um quase desejo de ter permanentemente esta lucidez. Despreocupadamente deixar-me passear pelas horas e esperar por esse momento.
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Sinais de indiferença

quinta-feira, janeiro 18, 2007
É nestas alturas que me lembro

É nestas alturas que,
quando a lua toda transpira nos vidros do carro e o sol reaparece a transbordar do cinzeiro,
me lembro que sou feita da mesma carne que todos os homens e que qualquer falta pode ser fatal, capaz de, num encantamento, roubar pedaços de integridade.
Pois se quando partimos para longe de tudo voando para um qualquer mundo distante e abrimos as asas seguros de nós próprios, rindo da solidão que deixou de existir,
vem o destino (ou qualquer outro em que deixámos de acreditar) e desfaz a volatilidade obrigando-nos a recordar, mesmo só por um instante, que somos carne e sangue e artérias que pulsam em labareda,
esta matéria estranha que arde com um olhar,
e faz o coração disparar num segundo maior que a eternidade.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Uma sombra e uma aparência

Todas as coisas humanas têm dois aspectos...
para dizer a verdade todo este mundo não é senão uma sombra e uma aparência;
mas esta grande e interminável comédia não pode representar-se de outro modo.
Tudo na vida é tão obscuro, tão diverso, tão oposto, que não nos podemos assegurar de nenhuma verdade.
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Metades
sexta-feira, janeiro 12, 2007
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Eu olho para ti
As escadas não chegam...

... à Lua!