Estou cansada, mesmo cansada... vou dormir
Há pessoas que passam a vida a procurar títulos e posição social e perdem-se de si.
Atolam-se de informações e cultura, mas esquecem a sabedoria.
Procuram preencher os seus vazios com materialidades supérfulas e esquecem que a alma não se alimenta de status, dinheiro ou roupas caras... a alma necessita de momentos reais de felicidade, de amor, de um olhar, de respeito.
Estas pessoas corrompem as suas paixões e perdem-se de si mesmas.
Estas pessoas tornam-se escravos do que precisam fazer e já não sabem fazer amor...
porque não fazem nada por si, nem para si.
Usam tantas máscaras de conveniências que acabam por perder a sua verdadeira identidade e...
já não sabem mais quem são.
.... houve um tempo em que (te) dizia tanto, tanto!
Lambuzava-me com o doce que pingava das nuvens e gostava de ficar assim, tranquila, a ouvir os braçados de vida que tinhas para me contar.
Houve um tempo em que bordava a tua espera com pontos de ansiedade.
Consegues ouvir o vento?
Talvez consigas...
Mas não vais mais escutar o tempo em que as nuvens me lambuzavam, porque as minhas mãos tornaram-se desertas do doce que delas pingava.
Estas pessoas esmagam as flores e sufocam o seu perfume, sem pelo menos perceberem as suas cores.
Sophie
13 Comments:
... e roubassem-me o chão, eu chegaria a ti...
E que me arrancassem os olhos, encontraria-te sempre.
FS
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
E quantas pessoas há que, de facto, se perdem mesmo de si. Como hão-de saber amar alguém, se não se amam a si mesmos?
Um abraço
Hum! Talvez tenhas razão...
Beijo
Luis
E o problema é que ficam mesmo sem saber o cheiro das flores as suas cores...Nunca chegam a perceber o seu encanto. Assim nada tem sentido. Nada.
É bom saber que tu és exactamente o oposto Ana. E por isso mereces muito mais que isso. Disso, nunca te esqueças.
Beijo
Os que nunca sentirem as cores,nem tocarem o seu cheiro...serão sempre aqueles em que a espera será eterna numa viagem sem embarque.
(Ela virá,eu sei...)
Sim A.,
"vers laquelle on se hâte lentement."
:)
Sublinho as tuas palavras.... penso exactamente o mesmo...
Beijos
Talvez tenhas razão...
Beijinhos :o)
Olá Sophie!
Perdoa-me o aparente despropósito, para quem está tão sofrida como tu, mas não consigo coibir-me de te dizer que tens uma prosa tão linda, tão emotiva, tão agradável (à leitura, entendes?) que eu gostaria que pensasses em escrever um romance. Poderias compilar estes textos e idealizar uma história e as suas personagens. Decerto seria uma obra muito interessante.
Quanto ao texto: É revoltante gostarmos de alguém, que aos nossos olhos não nos valoriza (por muita raiva que lhe tenhamos, por acharmos que nem sequer merece o ar que respira pela desilusão que nos causou...), é ultrajante recordarmos o quanto nos demos a alguém que acreditavamos ser único e que não passa de um mero vegetal...
Não te martirizes mais! Pensa apenas que em determinado momento alguém foi especial e importante e guarda a memória desse tempo. As pessoas só têm a importância que nós lhe dermos e podem tirar-te tudo, podem torturar-te até não seres mais que uma sombra no chão mas jamais te poderão tirar a dignidade, a inteligência e a capacidade de pensares e sentires livremente. E tu escreves com sentimento e com dignidade.
Coragem!
Um bj!
Com tudo isso só apetece mesmo ir dormir, sim... com toda a razão... o humano esvazia-se a cada passo... devagar, mas esvazia-se... de si. beijo
Quem não tocou essas cores, nem sentiu o seu perfume...não viveu.Infelizes eses!!!
Beijinho enorme kida
***
... passas tão bem a escrito tudo aquilo em que já pensei...
Beijinho,
L.
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