domingo, novembro 11, 2007

Por tantas razões e por nenhuma que queira tirar de dentro do peito agora, escrevo e mancho sem dó este post.

A dúvida.
A incerteza.
A ferida. A confusão.
A interrogação.
A mágoa.
Tudo e nada... ferindo e deixando cravada a dor.
O desgosto.
O descrédito.
O desnorteio.
O falhanço, na oportunidade perdida.
Vieram estilhaçam e incineram com requintes de malvadez.
E ficam.
Ninguém os apaga.
O coração contorceu-se e, arrepiado no seu canto, cobriu-se de uma geada perene.
Tantos dias depois, as lágrimas (tantas!, silenciosas, amargas, sozinhas), foram secando, brotando somente aqui e além, no silêncio ensurdecedor do meu recanto.
Afinal, uma gota é sempre uma gota e enche sempre o copo da mesma forma. Mas existe aquela gota que é vertida, sobre tantas outras já esquecidas e numerosas, e que molha mesmo a toalha.
Acredito agora, ter sentido deslizar essa gota igual mas diferente das demais, porquanto mais espessa, mais pesada, tingida de negro por uma tinta sem odor.
Aquela que abriu os olhos e fechou portas e janelas de mundos que pensava conhecer e daqueles que via à distância de uma mão.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"A dúvida é uma homenagem prestada à esperança."
(Isidore Ducasse Lautréamont)

Por mais complicada que a vida possa parecer ás vezes...não podemos desistir...e afundarmo-nos na tristeza...a que fazer para as coisas melhorarem...desejo-lhe uma óptima noite..deixo um sorriso sentido..
Bons Sonhos e um beijinho

angel

domingo, novembro 11, 2007  
Blogger joão marinheiro said...

Tempo de enchugar lágrimas. Vai chegar o inverno com o frio seco para nos curtir por dentro o sentir, depois quando a primavera chegar, as sementes germinam e volta o sorriso.
Abraço daqui jundo do mar imenso.

sábado, novembro 17, 2007  

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