Sentidamente
Concluí da distância que nos separa, da ausência de espontaneidade nas conversas, da impossibilidade de falar com sinceridade, logo afirmando a mim própria o fim de muito tempo de engano.
Concluí da frieza dos sentimentos hibernantes e ainda julgados vivos.
Concluí da necessidade de cortar com o que mais não foram do que rostos que comigo se cruzaram, de mim retirando a força nos instantes de dor, o sorriso quando apenas isso os fazia, também a eles, sorrir, ou um ouvido silencioso nas horas de desabafo.
Vi, no fundo, ter muito pouco que partilhar e ainda menos com quem fazê-lo. Só que ao invés de revolta e choro, apenas uma mágoa oriunda do tempo perdido, pressenti ao fundo do corredor principal do meu Eu.
Por saudade?
Por desgosto?
Talvez por desilusão.
O que fazemos por sentir (e não por obrigação ou segundas intenções), são letras ordenadas apenas nos instantes de oportunismo de gente que vemos nesse então como diferentes.
2 Comments:
Como compreendo bem esse sentir...se todos seguirmos o nosso coração...todas as nossas acções se transformam..em verdadeiras..e sentidas...aproveite quem lhe entrega isso...
Beijos e uma boa semana..com muitos..e bons Sonhos...
Pois é Miga...passamos a vida "concluir", mas insistimos em permanecer junto das incertezas.
Será mesmo isto que queremos para nós?! Não é pois não?!
Amiga, não entendas o tempo como perdido, pois desta experiência, tens tirado imensos ensinamento e momentos de felicidade.
Temos que erguer a cabeça e seguir em frente.
Fácil?! Não! Mas não nos resta alternativa, pois chegamos a uma altura em que o sofrimento é maior que tudo aquilo que o pouco a que temos direito, não chega. A partir daqui...ou nós...ou...
Miga, estou contigo.
Bjinho grande
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