segunda-feira, novembro 19, 2007

A alma contorce-se.
Os espasmos assaltam a tranquilidade e só resta a turbulência.
Passeio nua pelos contornos da tinta que vão acrescentando traços e mais traços, até formar o manto com que me cubro.
Disfarço-me de mulher e acredito que o sou.
As fraquezas emergem e ao sol são expostas.
Tornam-se feridas, cicatrizes que permanecem.
A lua ilumina-as dando-lhes formas ambíguas e distorcidas.
Já não sei o que é verdade, não quero saber se é mentira.
As linhas paralelas desenham perpendiculares que se esbatem numa amálgama indistinta de valores, de sentires, de desejos.
Continuo a sonhar e o desconhecido atrai-me para o abismo da indefinição.
Acordo e o pesadelo começa a subir pelas paredes da imaginação.
Não sei onde vou chegar e subo...

Quando vou parar esta escalada sinuosa de montanhas mutiladas e sombrias?

1 Comments:

Blogger Márcia said...

É sempre maravilhoso sonhar... deixarmos a alma voar por entre os sonhos...


Beijinhos

quinta-feira, novembro 22, 2007  

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