Anjo caído
E eu acreditava... deixava que assim fosse.
E depois, depois continuava a sonhar.
Mesmo quando a distância era silêncio.
Quando o silêncio era saudade.
Quando as saudades eram as horas que não te ouvia.
E foi assim que me deixei enredar.
Numa história diferente, em momentos especiais.
Era verdade minha, a cumplicidade.
Mas agora vejo a ilusão do meu caso.
Sonhadora... intensamente,
Intemporal.
Uma aventura entre um anjo e um humano.
Um anjo que teve a coragem de largar as suas asas, para tentar ser igual...
Quando achou que estaria ao lado de alguém que o compreenderia.
Apercebeu-se da sua condição de ser solitário e já não conseguia voar.
Não lhe era mais permitido sonhar...
Perdeu as asas por acreditar.
Acordou do sonho amar.
Aquele ser sem rosto, que sem pudor lhe roubou o encantamento...
e sozinho ficou.
Um anjo caído sem asas para voar.
6 Comments:
Feliz por encontrar um cantinho como este.
Lá longe onde os anjos não têm asas, há sempre uma companheira...um longo deserto pejado de infâncias incendiadas de dor e olhos ceguinhos de choro...mas, ainda assim, a vida teima em continuar...
Beijos
Paulo
Lindo, este poema. É sempre pobre quem não sabe amar...Um beijinho grande para ti.
O amor não merece os humanos, o amor é frio, faz-nos sofrer,porque não deixamos simplesmente de o procurar?
Devassus
Olá!
Lindísimo e muito emotivo!
Mas sabes? Mesmo o anjo que perdeu as asas por acreditar, foi feliz enquanto foi crente e essa felicidade, ou a memória dela, já ninguém lhe tira. E mesmo sem asas, pode estar mais pobre, mas está certamente mais forte e mais sábio...
Um bj!
Oi, que lindo poema...
continua..prometo passar cá mais vezes e deliciar-me com a tua magia ;)
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