terça-feira, outubro 10, 2006

Falo baixinho do que ninguém consegue entender

As máscaras pesam
e sinto vontade de ser autêntica...
de me poder mostrar
e respirar o ar puro da transparência de ser.
Onde me encontro?
Onde quero estar?
A vida sempre tão regrada de limites...
tão sufocada de soluços...
a vida.
Silêncio surdo que grita em mim.
Vida que chora calada
Vagando no absoluto nada da sua existência.
Falo baixinho do que ninguém consegue entender...
e às vezes as palavras deixam de fazer sentido,
quando o silêncio é a maior resposta que se pode ter.

... e as guerras passaram a ser mais fortes que a guerreira.
Sophie

9 Comments:

Blogger Embryotic SouL said...

Palavras tristes e sentidas, descrevem uma tristeza, um sufoco, que te vai na alma...e verdade é, que muitas vezes, fechamo-nos, e silenciamo-nos, o que não é nada bom para nós...

Um sopro muito sentido

terça-feira, outubro 10, 2006  
Blogger paulo said...

Pensa a máscara o uniforme que esconde os medos, pensa o uniforme o que te liga aos teus e te distingue dos outros. E luta pelo que te parece bom. Depois tira a máscara, lava a cara e vive o resto do dia com a sençação de teres feito.

terça-feira, outubro 10, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Queria-te na plateia, sentada ao meu lado, a rir do meu tolo palco-vida e depois correr contigo pelos bastidores que se escondem atrás das minhas máscaras que gargalham... descobrindo quantas lágrimas elas podem guardar num sorriso.
FS

terça-feira, outubro 10, 2006  
Blogger Bia said...

Mas tu és autêntica! Agora as perguntas que nos fazemos são aquelas que a vida nos obriga a questionar... já leste o livro do Princepezinho? Lê-o é intemporal...
Quando ele desenha uma Giboia todos os "grandes", os ditos adultas vêm um chapéu... os adultos ditos normais não entendem as crianças nas coisas mais simples, quando não te sentires compreendida, pensa que o erro é dos outros...

quarta-feira, outubro 11, 2006  
Blogger Alexandra said...

Do blog da Bia, passei por aqui.
" Falo baixinho do que ninguém consegue entender..." Por vezes há quem entenda... aqueles que também fazem a mesma coisa!!!

Gostei de aqui estar!

quarta-feira, outubro 11, 2006  
Blogger DIGNIDADE said...

Olá!
Jean Paul Satre disse que "O Inferno são sempre os outros". Por vezes é verdade, mas nós próprios também somos os outros...não te "distancies"...não penses que estás só, não creias que nunca ninguém te vai entender...mas não percas tempo com quem e com o que não é importante e, acima de tudo, nunca deixes de crer em ti e num amanhã melhor. Sim, lê o "Principezinho" de Saint-Exupery e lê-te: um aparentemente mais simplista, outro eventualmente mais elaborado, mas verás que a dúvida, o medo, o desânimo, a tristeza, mas também a genuinidade, a alegria, o reencontro, a beleza, a busca...são comuns a todos os seres humanos, independentemente de todas as diferenças que os possam separar.
E a única guerra que pode sobreaver a uma guerreira do teu calibre é a guerrilha que fazes a ti mesma: continua a sonhar, a exigir, a gritar, a escrever tão bem...só não deixes de ser quem és!
Força! Um bj!

quarta-feira, outubro 11, 2006  
Blogger Joker said...

Há momentos assim...de completa reclusão em nós!!!!

Há sempre forma de romper barreiras ir ir mais longe!

Sendo autênticos bebemos o que de melhor há na vida!!!!!

Beijinhos Mágicos

quinta-feira, outubro 12, 2006  
Blogger Vida said...

Excelente texto, mostras bastante desencanto pela vida, temos dias assim o que vale são os outros. Brincas com as palavras de forma deliciosa.

Beijos.

sexta-feira, outubro 13, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Respira o ar puro da transparência de ser! É o único oxigénio que te dá vida! Os outros sufocam...
Um beijo e bom fim de semana

sexta-feira, outubro 13, 2006  

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