As muitas em mim
Muita gente vive no meu interior. Há uma mulher doce e paciente que vai tolerando os desdéns da vida e outra, que em certos dias, entra em descompasso de tão desolada.
Há uma pessoa leal e constante no seu querer, há outra que, quando traída nas suas confidências, tem dificuldade em perdoar e, paradoxalmente, uma outra ainda que perdoa até o que não precisa ser perdoado.
Há a mulher forte que parece fria, quase impessoal - e aquela que, a sós, chora toda a sua fragilidade e impotência diante do inevitável.
Coexistem em mim a realidade do dia-a-dia levada a termo com firmeza e o sonho e o romantismo que fluem tão reais quanto a vida quotidiana.
Há uma mulher ainda jovem e a sua sombra madura. Há uma pessoa extremamente determinada que persegue os seus ideais durante anos e aquela que procura alento em horas de abandono.
Habitam na minha alma a mulher extrovertida que conversa animadamente com pessoas que nem conhece e outra tão tímida, que cora quando elogiada, baixa os olhos e não diz palavra, a não ser um inaudível "obrigada".
Há uma mulher, em particular, preocupadíssima em não cometer injustiças e que, incoerentemente, às vezes é vítima dela.
Há aquela que escreve sem pudor e sem censura tudo o que sente e a outra que a vigia e a condena com medo que seja mal interpretada.
Há a pessoa alegre, de sorriso fácil e a outra que fica triste com um fim de um filme e que, juntando todas as partículas de dor, pensa que a sua existência está aniquilada - para depois se recompor, porque a vida existe para ser vivida e não desperdiçada em sofrimentos vãos.
Há uma mulher vaidosa e uma outra que reflecte que tudo passa e que a morte reduz a cinzas todas as vaidades do mundo.
Sophie
Há uma pessoa leal e constante no seu querer, há outra que, quando traída nas suas confidências, tem dificuldade em perdoar e, paradoxalmente, uma outra ainda que perdoa até o que não precisa ser perdoado.
Há a mulher forte que parece fria, quase impessoal - e aquela que, a sós, chora toda a sua fragilidade e impotência diante do inevitável.
Coexistem em mim a realidade do dia-a-dia levada a termo com firmeza e o sonho e o romantismo que fluem tão reais quanto a vida quotidiana.
Há uma mulher ainda jovem e a sua sombra madura. Há uma pessoa extremamente determinada que persegue os seus ideais durante anos e aquela que procura alento em horas de abandono.
Habitam na minha alma a mulher extrovertida que conversa animadamente com pessoas que nem conhece e outra tão tímida, que cora quando elogiada, baixa os olhos e não diz palavra, a não ser um inaudível "obrigada".
Há uma mulher, em particular, preocupadíssima em não cometer injustiças e que, incoerentemente, às vezes é vítima dela.
Há aquela que escreve sem pudor e sem censura tudo o que sente e a outra que a vigia e a condena com medo que seja mal interpretada.
Há a pessoa alegre, de sorriso fácil e a outra que fica triste com um fim de um filme e que, juntando todas as partículas de dor, pensa que a sua existência está aniquilada - para depois se recompor, porque a vida existe para ser vivida e não desperdiçada em sofrimentos vãos.
Há uma mulher vaidosa e uma outra que reflecte que tudo passa e que a morte reduz a cinzas todas as vaidades do mundo.
Sophie
8 Comments:
Sou Escorpião :)).
Suspeitava que era escorpião...identifico-me com muitas postagens suas...e também o sou!um beijinho
O retrato que traças, deixa perceber uma mulher com uma força e uma beleza interior fabulosas. E não precisas corar, nem esboçar um envergonhado "obrigado", porque isto não é um elogio avulso, é uma leitura ponderada.
Um abraço
Retratas e muito bem a força de uma mulher, os pontos fortes, os fracos e que a ninguém quase damos a conhecer. Fantástico. Um bj
Bem sem palavras e super sensibilizada com as tuas palavras, quase me posso rever em ti, adorei ler-te.
Um beijinho enorme
Palavras bonitas que retratam uma mulher sensível...uma mulher bonita.
Um bj sentido e bom fim de semana...
De nada vale tentar entender, respeitemos.
(Um homem)
Olá Sophie!
Tudo isto é ser Mulher! E que bela Mulher!
Um homem, diferente do amigo anterior, entende. Chama-se Vergílio Ferreira e escreveu: "O homem tem sempre em si um outro de si."
O mesmo consagrado escritor deve ter-te conhecido quando escreveu: "Eras triste, mas estranhamente decidida, devia haver atrás de ti e da vida uma razão oculta no teu ser para a tua decisão."
Parabéns!
Um bj!
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