A que distância da língua comum deixáste o teu coração?
Foi para ti que semeei a noite de estrelas, mas estou cansada dos suicídios do adeus.
Acredita, o sono rasga-se com o pus violento da dor.
Os sonhos congestionam-se e apodrecem no desencanto.
Abro os olhos quando as lágrimas sabem a sangue, numa mistura onde o silêncio queima a garganta.
O cansaço não resiste à solidão vazia de gestos... na distância a voz é uma faca a rasgar a pele. E quando os lábios tremem nos sonhos devorados pelo pus das cicatrizes, acende-se a memória das pedras, onde em cada som, sei a cor com que o silêncio é violado.
Não tenho voz quando a dor é uma sequência perdida na solidão. E quando a noite é líquida e as pedras vagueiam pelas desculpas...
... o cansaço não resiste ao escorrer dos gritos que arranham a dor com o suor das pedras.
7 Comments:
Amiga,
Não sei o que te dizer perante tão profundas e sentidas palavras.
Estou aqui de lágrima no olho pelo que me fizeste sentir.
Pensa, vale a pena?!
Estou aqui sempre, tá?!
Jinhos
Li e senti...
Beijos.
a dor da ausência doi mais que a solidão.
...tem força e forma....tem silêncios rasgados e gritos contidos....
um dia feliz
um abraço
intenso...
demasiado intenso para ser comentado... ousar falar seria ousar cortar a minha propria alma fatia a fatia... palavra a palavra.
as vezes h� coisas que n�o conseguimos dizer mas que n�o conseguimos cessar de sentir.
digo-te apenas que te entendo... mais que isso que me debato como tu... mais que isso ainda... que podemos bater-nos juntos para que o sonho seja possivel...
Das tuas palavras transbordam mágoas. Ainda assim derramadas de forma extraordinariamente sensível.
Um abraço
Saberás que os sonhos, moram nas gotas de orvalho que um arco-íris solta, em coração desencontrado. Saberás que os passos errantes de um louco na procura do norte, não deixam marcas no pó, tão pouco são rumo para a sorte.
Bom fim de semana
Doce beijo
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