Delírios
São incontáveis as horas em que sou companhia ou lado de mim mesma...
... eu e um copo de néctar quase imaginário, que ora nasce doce e denso dos dedos que mordo devagarinho, ora se socorre dos pensamentos mais profundos e desenraizados de consciência, quando sou só ser da terra que se mistura de mãos e joelhos com os instintos, num entendimento das essencialidades mais básicas e fundamentais que não carecem de contornos ou formas.
Nesses momentos é fácil aceitar: as coisas são o que são. Porque é outro o mundo.
Não ouso o sonho se ele me prende asas às costas e me fala da inevitável extinção dos que não se ajustam ao meio.
Restam eles, os delírios (inconfessáveis)... o sabor exótico e ácido que se esquece nos meus lábios e com que acendo as manhãs.
5 Comments:
no desfiar das cores...refazemos os sonhos...mesmo sem asas
Infinitamente sensual...tu és diferente...sente-se...!
Doce beijo
E tu isso é solidão e saudade de um beijo quente pela frescura da manhã...
Quando os teus lábios incendeiam a manhã, entre delírios lascivos de orvalho, no supremo gozo dos teus últimos suspiros...
Um terno beijo!
Bom Verão, Phy. Agarra os sonhos todos. Não deixes fugir nenhum. Os sonhos enchem, e tapam o caminho aos pesadelos. Sonhar é nadar na lagoa de Mira ao pôr-do-sol com o cheiro a verde entre as golfadas, ou uma coisa assim. Água, fresco, doce. E a sombra suave e a certeza da margem. Xi, caramelo colorido. E bom Verão.
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