quinta-feira, março 01, 2007

E então percebi que tinha tudo o quanto a cegueira permitia.

Os fragmentos não são necessários quando queres o corpo de alguém,
mesmo até,
quando nesse corpo te perdes.
Parte de um todo não tem obrigatoriedade.
O extracto ou resto de uma obra não tem necessáriamente de ter objectivo.
Apenas se lhe confere a prepotência de ser tudo.

5 Comments:

Blogger Nilson Barcelli said...

Estás zangada...?
Mas as tuas palavras parecem-me sábias, principalmente as duas linhas finais.
Beijos.

quinta-feira, março 01, 2007  
Blogger Sophie said...

Hoje, um grande amigo meu enviou-me o seguinte sms:
"Olhei-te e quis sorrir, mas aí a tua tristeza vestiu-me"...

Não estou zangada.

quinta-feira, março 01, 2007  
Blogger Nilson Barcelli said...

Mas não fiques triste.
Há uns meses atrás, escrevi um poema que talvez te faça bem ler. Era assim:

Fala contigo,
não fiques com os bolsos
mal-humorados de mágoas.
Desembrulha-as, uma a uma,
como se fossem rebuçados.
Prova-as
e guarda apenas
os sabores bons de cada dor.
Os maus paladares,
atira-os para
o caixote do lixo do esquecimento.
Desta separação,
verás que o grupo
das partes saborosas das tuas feridas
é muito inferior ao da lixeira,
mas será maior o seu valor.

Fala contigo,
essas mais-valias
servirão para criares dias límpidos,
largos como o vento
e renovados como o sol.

Beijos

quinta-feira, março 01, 2007  
Blogger DairHilail said...

cheguei aqui e gostei
parto levando as tuas emoçoes, vou para a minha floresta...voltarei
fica bem

sexta-feira, março 02, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Talvez as palavras mais verdadeiras que li até hoje...
Hoje assim o sinto, tal como tu
Um beijo
Bia

sábado, março 17, 2007  

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