Em letras enormes do tamanho do medo, da solidão, da angústia, um cartaz denuncia que um homem e uma mulher se encontraram numa tarde de chuva e inventaram o amor com carácter de urgência, deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia quotidiana.
Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e fome de ternura e souberam entender-se sem palavras inúteis.
Apenas o silêncio.
A descoberta.
A estranheza de um sorriso natural e inesperado.
Não saíram de mãos dadas para a humanidade diurna.
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente, embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta de um amor subitamente inesperado.
2 Comments:
Olá Sophie...bonitas as tuas palavras e sabes há amores assim mesmo só de um momento uma noite..em que se fica só com a recordação..aproveita o bom disso..um grande sorriso e beijinho para ti..bom fim de semana..sempre com muitos Sonhos...
Ao inventar-se o amor, por oposição, inventou-se logo 'o desamor'.
Fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel
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