segunda-feira, dezembro 11, 2006

Em nome da magia


Confesso que a chegada do Natal me deixa sempre um pouco triste. Nostalgia de tempos áureos ou mágoas insolúveis, a verdade é que a contagem decrescente para a grande Noite me provoca uma certa melancolia.

Uma angústia que tento disfarçar (mal) e que me habituei a combater com alguns truques (nem sempre eficazes).

Entre ataques de fúria contra filas intermináveis no trânsito, supermercados apinhados, campanhas publicitárias sufocantes e manifestações instantâneas de paz e harmonia, é sobretudo na ilusão e no simbolismo que a tradição natalícia preserva junto dos mais pequenos que vou buscar força e ânimo para celebrar, com criatividade, alegria e algum humor, o nascimento do Menino Jesus. Afinal, que melhor para nos cativar que o olhar de uma criança?

Além de que, cabe-nos a nós, crescidos, a responsabilidade de fazer do Natal uma data mágica. Melhor ainda, inesquecível e memorável.

Para lá de convicções religiosas mais ou menos fervorosas, não nos podemos esquecer que o feitiço não dura sempre e que, não tarda nada, os nossos filhos ficam "desiludidos" com o Pai Natal. E porque "aquele dia passa tão depressa", há que aproveitar os preparativos para desfrutar, em pleno, de uma data tão especial. Dos enfeites da árvore à decoração da casa, da montagem do presépio à escolha dos menus, do envio das Boas-Festas à carta para o Pai Natal, tudo pode servir para (re)viver uma tradição recheada de valores, personagens e histórias. Que vai muito além dos tão ansiados presentes e que pode, mercê de algum empenho e imaginação, transformar-se numa oportunidade única para apelar à fantasia, mas também ao engenho, à harmonia e à generosidade. Verão que as crianças vão adorar! E, um dia mais tarde, agradecer...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Vale sempre a pena que seja Natal, pena não sabermos transformar os outros dias em Natal.

Um doce sonho.

quarta-feira, dezembro 13, 2006  
Blogger Cusco said...

Gosto muito do texto. Muito do que dizes também o penso.

BJS

quarta-feira, dezembro 13, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Olá Sophie.
Confesso-te que (já) não sou mesmo fã do Natal mas confesso também que este teu texto me fez pensar e me deu vontade, um pouco, de me reconciliar com o espirito natalicio.
Pela magia
e fantasia
e harmonia
e generosidade...

Um beijo meu, muito grande, para ti!!

quarta-feira, dezembro 13, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Em cada noite, quando o céu se ilumina com mil estrelas, deixo a dor e a saudade falar-me de ti! És aquela estrela que brilha com mais intensidade e no silêncio da escuridão ouço a tua voz e o teu sorriso.
Nunca paravas quieta e pregavas tantas partidas, que não haviam horas tristes contigo.
Quantas lágrimas choramos de tanto rir. Pintavas o mundo de cores bonitas, quantes. Um mundo cheio de vida. Eras a alegria em dose infinita. Onde estás tu, agora?

quinta-feira, dezembro 14, 2006  
Anonymous Anónimo said...

O Natal... não há duvidas q cada vez perde mais o seu encanto...

E tal como sabemos ele é qd quisermos basta q haja sinceridade e sentimento!!

Beijo para ti*

quinta-feira, dezembro 14, 2006  
Blogger Um Poema said...

Somos nós adultos, quem tem a obrigação de manter o brilho no olhar das crianças - de todas as crianças - ensinando-lhes os valores do Natal, que vão muito além dum consumismo desenfreado e sem sentido.
Um abraço

segunda-feira, dezembro 18, 2006  

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